"...and they lived happily ever after."

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Never let the fear of striking out....

Já se pegou pensando em como seria se você tivesse dito sim? Se não tivesse ido àquela festa? Se tivesse comprado aquele vestido? Se não tivesse comido aquela rosquinha? Ok, todo mundo faz isso. Mas e quando você se flagra mais (muito mais) vezes se perguntando sobre uma situação específica? É, tenso. É quando finalmente você se dá conta de que...bem, foi uma oportunidade perdida. Dezoito anos é pouco tempo no mundo pra ter oportunidades perdidas, mas não faz muito que descobri que perdi uma. E, cara, como dói. Nem vou precisar falar muito sobre que tipo de oportunidade. Pelo tema do blog, é meio previsível. E como eu me sinto idiota, burra. Há coisas que simplesmente não acontecem por um motivo, e mesmo achando que poderia ter sido diferente, você acaba se conformando pelo desenrolar dos fatos posteriormente. Mas, há certas coisas, certos infelizes acontecimentos, dos quais você se sente miseravelmente arrependida pelo modo com que os encarou. E COM CERTEZA mudaria tudo, se pudesse. Sabe aquela resposta para a fatídica pergunta: "Se pudesse voltar atrás e mudar UMA ÚNICA coisa, o que seria?" ? Então, essa coisa. E o pior de tudo, é que muitas vezes a perdemos por medo. Então, eu tinha esse amigo. E éramos bem amigos, sabe. Fazíamos trabalhos escolares juntos, tomávamos as refeições (colégio interno) juntos, conversávamos, etc. Ele me fazia rir muito, era divertido e inteligente. Não era exatamente bonito ou atraente à primeira vista. Mas sabia ser exatamente aquilo necessário para me fazer feliz. De verdade. O fato é que eu já estava tendo uma queda por ele. E foi numa tarde em que ele, para minha surpresa (era a primeira vez em toda a minha vida que algum garoto por quem eu nutria certo sentimento correspondia), declarou-se para mim do modo mais fofo com que alguém pode se declarar. Até posso me lembrar de suas palavras: "- É...eu preciso lhe falar. É que....oh, céus, que vergonha...eu...estou gostando de você, e, bem, quero saber se tenho chance." Irresistível, não? Bem, pra mim foi. Quase caí dura, e tentei controlar meu louco coração que batia alucinadamente, bombeando muito sangue especialmente para minhas bochechas. Enquanto andava o mais depressa possível sem correr, para contar as novidades bombásticas para minha melhor amiga, minha cabeça estava a mil, tentando processar o que havia acabado de acontecer. E meus lábios tremiam, insistindo num sorriso, enquanto contava, emocionada, a coisa mais incrível que me acontecera. É claro que meu amigo nunca ficou sabendo disso. Desencorajada pelas amigas e pelo medo de um namoro com um cara não tão popular, acabei perdendo a chance de ter tido o meu primeiro namorado numa idade tão perfeita para isso, e não só, perdi a chance de ter um dos caras mais especiais que já conheci até hoje. Perdi a chance de fazê-lo feliz. Perdi a chance de sentir o que é, verdadeiramente gostar de alguém real, e ser correspondida. Simplesmente joguei fora o que teria sido o meu próprio conto-de-fadas. E o pior: porque o príncipe não era exatamente o que os outros chamariam de príncipe. Agora ele está feliz, com alguém que o valoriza, com certeza, e espero que ele seja muito feliz. Quanto a mim, vou ter se esperar um pouco mais, mas quem se importa? Pelo menos sei que o cara certo não é o que a sociedade considera o príncipe. É aquele que virá, mesmo sem cavalo branco, e, no fim do dia, me fará sentir que fiz a escolha certa. Por favor, nunca se esqueça disso.