"...and they lived happily ever after."

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Às vezes queria que o passado fosse presente...

Não tem como falar que é passado, uma coisa que vive te atormentando pelo pensamento. Uma coisa que, vira e mexe, você se recorda, ao ver uma foto, ouvir uma música, ou qualquer simples movimento que, por alguma razão, traz aquilo à tona. Não tem como falar que é do passado, um  sentimento que nunca deixou de existir, e que, por mais que você tentasse apagar, sabia que ele estava ali; por mais que permanecesse adormecido, de uma hora para outra explodiria, avassalador. Não tem como falar que faz parte do passado, uma pessoa de quem você coleciona fotos, visita o twitter todo dia (mas não segue), e ainda lembra a data de aniversário - mandando parabéns todos os anos, não importa quanto tempo passe. Uma pessoa que é aquela que você lembra todas as vezes em que escuta certas músicas ou vê certos filmes. Uma pessoa que, sei lá porquê, ainda aparece nos seus sonhos de final feliz. Uma pessoa pra quem você nunca disse: 'eu te amo', mas poderia muito bem dizer agora. Uma pessoa que te intriga, te interessa, te faz parar pra pensar em como será que ela está, se ainda se lembra de você com a mesma intensidade e saudade com que você se lembra dela. Uma pessoa que, há muito, deixou de fazer parte do seu círculo de amigos com os quais você convive diariamente, mas não quer sair da sua vida. Uma pessoa que faz tempo que se foi, cujo único jeito que você conhece é o de anos atrás, que já mudou, você sabe disso, e tem medo. Uma pessoa que foi o seu primeiro amor, e também o último - talvez por isso, as memórias tão vívidas. Uma pessoa que não é mais a mesma que você imagina, mas mesmo assim você tem aquela esperança. Uma pessoa que você já fez de tudo para esquecer, apagar, mas simplesmente não deu certo. Uma pessoa que você sente que estará para sempre na sua vida, de alguma forma, e torce muito pra que seja do seu lado. Uma pessoa que te inspiraria a escrever um texto como este, não em primeira pessoa, como um desabafo, mas de forma genérica, pela falta de coragem de admitir o que tanto te persegue: você simplesmente não consegue deixá-lo ir. E o que é pior, é que essa pessoa nunca soube o quanto ela foi e é importante na sua vida. 

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