"...and they lived happily ever after."

Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de junho de 2010

proibido para maiores de dezoito ;/

....e de repente eu vejo o pai dele visitando o meu orkut. Céus! E a mente da escritora, que não pára nunca, já começa a devanear....e formular as hipóteses mais absurdamente românticas para justificar uma história de amor que nunca aconteceu, a não ser na mente dela. E pensar que talvez valha a pena acreditar que ainda há esperança. Porque, na verdade, na verdade, ela sempre acreditou, e só fica esperando a chance de alguma coisa que alimente essa esperança. Pobre escritora. Só sabe de palavras, nada mais. Nunca chegou a ser abraçada, de fato. Apenas pôde sentir as inúmeras sensações quase reais provocadas pela leitura de tantos romances. Beijos? Só os que dava com os olhos, com o coração, pela imaginação. A sorte - ou infortúnio - da escritora, é que ela só sabe de palavras. E pensa, que, através das palavras, pode conhecer tudo. Acha que o seu dia vai chegar logo, e que estará preparada pra esse dia. Não leu ela cada romance que pôde? Não assistiu ela, diligentemente, a cada filme com esse tema? Escritoras! Tão bobas, tão sonhadoras, tão ingênuas. E vivem a esperar o "grande dia". A escritora, agora, foi deixada um pouco de lado. Acordou de seu devaneio com minhas duras palavras. E, melancólica, começa a refletir mais sobre seus contos-de-fadas. Deixe-a sofrer um pouco com a realidade, é preciso. O pior de tudo é que ela não sabe: dentro de mim há um escritora tal qual ela, lutando para se valer de minhas palavras ao compor uma fantasia cinderelesca. E que vibrou tanto quanto ela, ao ver aqueles três recados, e aquela visita inesperada na minha página do Orkut. Ó, quão difícil é ignorar a escritora (que outrora dominou minhas palavras), mas precisa se submeter à realidade: príncipes fazem parte de uma espécie que não sobrevive aos dezoito anos.





Nenhum comentário:

Postar um comentário